segunda-feira, 11 de junho de 2012

A falta do camponês



Sinto sua falta meu camponês...
Nos breves momentos que temos, aproveito-os como se fossem eles eternos...
Mas não são
E é por isso meu camponês, que acabo nesta solidão quando não estás aqui
Sinto como se não conseguisse viver plenamente sem ti
Quando se despede de mim, é como se eu dissesse adeus a mim mesma...
Um pouco da minha racionalidade se vai, você é a realidade que vivo.
Como posso cantar alegremente com o vento,
Se no último beijo que me destes tirastes o meu fôlego?
Como posso dançar nos campos,
Se as batidas que só consigo escutar são as do meu coração triste?
Só consigo cantar canções tristes, canções da espera, canções da saudade...
Só continuo a caminhar nos campos, porque me lembro que é por você que caminho.
Ah meu camponês...
O suor do seu trabalho sustenta nossos sonhos
A paciência da minha espera os ilumina
A graça do Senhor nos fortifica
Mas não posso deixar de evitar toda essa agonia
Do vazio que enche-me todos dias sem ti
Pela noite procuro consolo em meus pensamentos
Relembro cada sorriso compartilhado nos lagos
Relembro cada beijo sobre a chuva
Relembro todas as coisas necessárias para me trazer fagulhas de felicidade
E de você meu camponês, só espero isso
Felicidade, apenas felicidade
Sem demoras, sem esperas, sem dias, sem horas
Só felicidade
E tudo isso me faz aguentar firme cada momento sozinha
Sem você...
Sentindo a sua falta...


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